quinta-feira, 30 de julho de 2015

Vulpes et persona tragica

(Vulpes personam tragicam videt)

Personam tragicam forte vulpes viderat;
quam postquam huc illuc semel atque iterum verterat,
'O quanta species' inquit 'cerebrum non habet!'
Hoc illis dictum est quibus honorem et gloriam
Fortuna tribuit, sensum communem abstulit. 

(Ex fabulis Phaedri)

Tradução literal interlinear

Personam tragicam forte vulpes viderat;
Pessoa trágica [= máscara] por acaso uma raposa havia visto;

quam postquam huc illuc semel atque iterum verterat,
a qual depois para cá para lá uma vez e novamente havia virado,

'O quanta species' inquit 'cerebrum non habet!'

O quão grande beleza diz cérebro não tem

Hoc illis dictum est quibus honorem et gloriam

Isso para aqueles dito está para os quais a honra e a glória

Fortuna tribuit, sensum communem abstulit.
O destino concedeu, senso comum tirou.

Tradução 

Uma raposa havia visto, por acaso, uma máscara de teatro;
depois de tê-la virado de um lado para o outro repetidas vezes,
diz: "Oh, quanta beleza, mas não tem cérebro!"
Diz-se isso daqueles aos quais o destino concedeu
honra e glória, mas os privou do bom senso.

(Das fábulas de Fedro)



Um comentário:

  1. A máscara teatral, usada naquele tempo, era como essas caretas atuais, esculpidas em madeira, um horror! Não é como aparece na ilustração. Desde os 12 anos, quando traduzi essa fábula, pergunto-me por que razão a raposa achou-a tão bela! Para mim, nem tem cérebro nem é bela!

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